RS busca matriz energética diversificada e mira na autossuficiência
A autonomia do Rio Grande do Sul na geração de energia por meio de uma matriz diversificada foi debatida no Fórum de Energias Renováveis. O evento, realizado pelo Sindienergia-RS e o Correio do Povo, ocorreu em Porto Alegre, dia 17 de agosto.
Na abertura do evento, o presidente do Sindienergia-RS, Guilherme Sari, destacou que a meta da entidade é trazer a indústria de energias renováveis para o Estado. “A implantação de diferentes fontes energéticas tem como principal benefício para o Estado a autonomia na geração e a descarbonização. Além disso, o setor gera empregos e oportunidades econômicas e sociais”, afirmou.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, o tema está sendo tratado como uma das prioridades do governo estadual. "É fundamental avançarmos de forma organizada e planejada. O Estado, inclusive, já fez um estudo sobre a produção de hidrogênio verde para nos posicionarmos no cenário nacional e internacional como um grande player produtor", salientou.
Em relação a descarbonização, o diretor vice-presidente da Farsul, Domingos Lopes, afirmou que o setor rural está engajado nos compromissos ambientais internacionais assumidos, principalmente na redução da emissão de carbono. "O agro é muito mais do que energia e mais do que uma atividade a ser realizada. É a base de toda a matriz que desenvolve os 42% de PIB. O Brasil ainda é dependente da atividade primária". O agronegócio se aproxima do segmento energético para mitigação do aquecimento global, de acordo com ele, para atingir, até 2030, de 40% a 45% de fontes renováveis na matriz.
Para alcançar essas metas globais, esteve na pauta o subsídio financeiro. Conforme o presidente do Badesul, Claudio Gastal, há a possibilidade de criação de um fundo. “A revolução do sistema elétrico precisa de uma nova forma de financiamento. No processo de zerar o carbono, será necessário que órgãos como FMI, o banco dos Brics e outros abram linhas de crédito que permitam países em desenvolvimento e subdesenvolvidos lançarem mão para fazer essa conversão", defendeu.
Energia Solar
Uma das matrizes indicadas como alternativa é a solar e o seu uso torna o Estado um destaque no Brasil por ser o segundo no número de instalações. “Nosso potencial é fantástico”, destacou o vice-diretor de Energia Solar do Sindienergia-RS, Tiago Cassol Severo.
Ele informou que há, no Rio Grande do Sul, 200 mil unidades consumidoras residenciais de energia solar, 22 mil de pontos comerciais, 37 mil unidades rurais e 4 mil instalações fotovoltaicas industriais.
Para incrementar o setor, uma alternativa seria o incentivo de cooperativas, que auxiliariam na mobilização para distribuição e obtenção de recursos, apontou o diretor do Sindienergia-RS Frederico Boschin. Ele falou ainda da necessidade de diagnosticar a área e identificar quanto o Estado gera e quanto consome. As informações embasariam planos mais seguros para a produção. Ressaltando as vantagens, Boschin explicou que a energia solar é complementar a outras fontes. “No período de seca, por exemplo, tem sol”, disse.
“O Estado precisa nos apoiar nos desafios do setor. São 68 mil empregos”, destacou Mara Schwengber, coordenadora da Absolar, ao falar sobre alguns entraves que a indústria solar tem enfrentado na aprovação de projetos. Ela avaliou, contudo, que o segmento segue como protagonista no processo de transição energética. “Desconheço outro setor que tenha crescido tanto quanto o nosso”, afirmou.
Para o suporte do segmento, o gerente de Operações do Setor Público e Infraestrutura do BRDE, André Gotler, mostrou a disponibilidade da instituição para liberar recursos, com prioridade para projetos visando sustentabilidade. “Desde que a energia solar apareceu, o banco acreditou. A partir de 2017 e 2018, veio com mais força”, contou. “Tudo que for a favor do desenvolvimento do Estado, o banco está dentro. Estamos juntos nessa empreitada de tornar o RS autossuficiente e, quem sabe, gerador de energia”, complementou.
Hidrogênio Verde
No Rio Grande do Sul, o hidrogênio verde deverá ter, ainda em 2023, uma política voltada para a estruturação e o desenvolvimento da sua cadeia produtiva. O anúncio foi feito pela secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, no Fórum de Energias Renováveis.
A utilização do combustível, obtido por meio da quebra das moléculas da água, será um importante vetor para diminuir o aquecimento global, pois não emite CO2 (Dióxido de Carbono), um dos gases geradores do efeito estufa. E que pode servir, principalmente, como fonte de energia para o transporte e a indústria.
A ação ocorre no âmbito das políticas de mudanças climáticas e transição energética do Estado e atende à necessidade apontada em um estudo encabeçado pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) desde o ano passado sobre o potencial gaúcho para a produção do combustível limpo.
Segundo a secretária, o desenho dessa nova cadeia econômica é realizado pela Sema em conjunto com a Casa Civil e com o gabinete do governador Eduardo Leite. "Estamos desenhando uma nova cadeia econômica e uma de evolução ambiental para o Rio Grande do Sul”, explica a secretária.
O estabelecimento da nova cadeia produtiva tem, como base, as potencialidades verificadas pelo mapeamento da Sema para a geração e o escoamento do combustível iem dez municípios: Rio Grande, Giruá, São Francisco de Assis, Dom Pedrito, Uruguaiana, Vila Nova do Sul, Santa Vitória do Palmar, Mostardas, Porto Alegre, Arroio do Sal e Cambará do Sul. Uma das vantagens desses locais foi o custo de produção do quilo do hidrogênio verde ficou em torno de 2 dólares, valor três vezes menor que os 6 dólares/kg praticados em nível mundial.
O cálculo levou em conta o custo da energia, do local e da logística do transporte das cargas. O estudo também demonstrou que o hidrogênio verde gerado no RS pode abastecer o mercado interno, o de outros estados e até países. A estrutura também pode servir de base para a produção de amônia, importante insumo utilizado na agricultura brasileira, argentina e uruguaia, e abre possibilidade para a geração de Metanol, composto bastante utilizado nas produções de biodiesel e na indústria química.
Enquanto a política não é oficializada, a Sema firma memorandos de entendimento com empresas interessadas em atuar no segmento. "Para aqueles que, de fato, têm a intenção de investir, rodamos o modelo e detalhamos, dentro da realidade de cada município, quanto atingirá a capacidade de produção, o custo do terreno, da energia. Como estamos fomentando o tema, temos a capacidade de unir os atores envolvidos no processo em cada região", descreve a secretária.
Marjorie cita, como exemplo, o município de Rio Grande, que firmou protocolo de entendimento com o governo estadual para transformar sua rede de transporte municipal para que seja movida a hidrogênio verde. "Lá, uma planta de hidrogênio verde poderia ter uma garantia de consumo dos ônibus municipais", pontua.
O líder do governo na Assembleia Legislativa e presidente da Frente Parlamentar de Energias Renováveis, deputado Frederico Antunes, propôs ao grupo que as propostas para o desenvolvimento do setor no Estado fossem levadas ao governador Eduardo Leite na próxima semana. "O papel de promoção deste evento do Grupo Record é fundamental, pois temos uma restrição de conhecimento nesta área e transmitir essas informações ao Estado é fundamental".
Participaram também do encontro o presidente da Portos RS, Cristiano Kingler, e o professor Nado Teixeira, que é coordenador geral da Famurs.
Hídrica
Capacidade de armazenamento, sazonalidade, modulação da carga, flexibilidade, confiabilidade, disponibilidade de geração em horário de pico e tarifa final mais barata ao consumidor. Esses foram alguns dos benefícios destacados sobre a fonte hídrica no painel sobre o assunto.
Alessandra Torres, que é presidente da Abrapch, avaliou que a segurança energética do Brasil está nas hidrelétricas, se referindo ao apagão registrado recentemente no país. Além disso, ela lembrou das vantagens ambientais. “É a fonte mais renovável de todas e com a menor pegada de carbono”, informou.
O Rio Grande do Sul é um Estado privilegiado na disponibilidade de recursos hídricos. E isso é um potencial que precisa ser aproveitado, segundo o diretor executivo da AGPCH, Paulo Sérgio Silva. Ainda há entraves no licenciamento ambiental e viabilização de projetos, mas ele avalia que os órgãos ambientais evoluíram muito nessa questão.
Ainda falando dos benefícios desse recurso, Roberto Zuch, diretor de Fonte Hídrica do Sindienergia-RS, destacou a energia gerada pelas hidrelétricas é mais barata e sustentável em comparação com outras. Fora isso, é possível armazenar o recurso, garantindo a segurança.
Sobre isso, o presidente da Abragel, Charles Lenzi, lembrou da flexibilidade operativa, que é um dos “atributos mais importantes da hidrelétrica”. Ele, no entanto, destacou a necessidade de planejamento. “Não tem planejamento do setor elétrico no Brasil, nem visão a longo prazo”, denunciou, afirmando que é preciso ainda desconstruir preconceitos sobre o setor.
Todos os participantes ressaltaram a importância de diversificar os recursos energéticos e trabalhar para manutenção e crescimento da fonte hídrica. Contudo, isso é mais difícil pela disparidade na competitividade do recurso. Segundo o sócio da RPI Energy e da EBGN Ricardo Pigatto, outras fontes, como a solar, recebem incentivos que fazem com que a hídrica fique em desvantagem no mercado.
A consultora em gestão ambiental e fundiária, Karin Correa, que mediou o painel, sobre Recursos Hídricos, disse que o Rio Grande do Sul tem uma base renovável no país que vem desde as hidrelétricas. Segundo ela, a segurança energética acontecerá se houver uma matriz diversificada. "Temos fontes intermitentes que dependem de sazonalidades, como sol e vento, e essas energias, como base do sistema, são fundamentais. Mas, nunca sozinhas, e sim parte de uma composição", frisou.
Para Karin, as energias hídricas precisam ser incentivadas e, para isso, dependem de projetos, licenciamentos robustos e as melhores tecnologias. "O maior desafio das hídricas é mostrar esse papel de base que sempre tiveram e vão continuar tendo. Temos um rol de trâmites de licenciamento que precisamos melhorar", diz a especialista.
Eólica
“O maior desafio para implantação de novos projetos em energia eólica, tanto no RS quanto no Brasil, é a falta de demanda”, salientou o diretor da empresa Renobrax, Pedro Mallmann. Segundo ele, o país teve um crescimento econômico baixo, o que impactou no consumo de energia. “Sendo assim, sobra pouco espaço para novos projetos. O que temos foi ocupado por uma geração distribuída que tinha subsídios bem elevados e que, atualmente, não tem mais”, explica.
Para Mallmann, o período de chuvas foi positivo para o país porque os reservatórios estão cheios, e afasta o risco de racionamento. Mas trouxe dificuldades para novos projetos. “O preço de curto prazo está muito baixo, então não há incentivos para contratos de longo prazo, que são importantes”, comentou. Além disso, os efeitos da pandemia e da guerra na Ucrânia influenciaram outros pontos para o setor. “Nas cadeias logísticas, o preço de implantação de novos projetos subiu”, acrescentou.
O especialista elogiou o trabalho do governo do RS junto ao governo federal para viabilizar linhas de transmissão. “Ficamos por muito tempo sem essa disponibilidade, mas, atualmente, somos, talvez, o único estado com capacidade realmente grande de escoamento para novos projetos. É um diferencial competitivo que o RS nem sabe o valor que tem”, afirma Mallmann. Segundo ele, muitos negócios acabaram indo para o Nordeste, mas agentes do setor estão sendo convencidos de que os investimentos possam ser feitos no Estado. “O Sul está viável de novo”, afirma.
Bioenergia
O potencial ainda não explorado no Rio Grande do Sul para a produção de biodiesel foi um dos destaques da participação do presidente do Conselho de Administração da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio), Francisco Turra.
O ex-ministro da Agricultura abriu o painel Bioenergias, que abordou a relevância do mercado brasileiro de biodiesel para a redução da emissão dos gases de efeito estufa (GEEs) à atmosfera e para ampliar a geração de renda ao campo e às cidades. “Cada R$ 1 adicional de produção de biodiesel promove a inclusão de outros R$ 4,40 na economia como um todo”, exemplificou.
Uma das oportunidades está na utilização de uma grande diversidade de biomassas para a geração de biodiesel. Uma delas, cita o ex-ministro da Agricultura, está na graxaria proveniente dos frigoríficos. “Isso é um problema ambiental, mas que, agora serviu para a produção do biocombustível exportado pelo Brasil para Bruxelas”, apontou. Turra também lembrou da utilização de óleo de cozinha para a finalidade e das oportunidades que serão abertas pela utilização de grãos cultivados na safra de inverno para fabricação de etanol, a partir de 2024, pela B&8, em Passo Fundo.
Turra destacou também que o Brasil é o terceiro produtor mundial de biodiesel, mas que suas 59 usinas operam com capacidade ociosa. Localizadas em 53 municípios de 15 estados, as indústrias produziram 6,3 bilhões de litros em 2022, mas que estão autorizadas a produzir quase 14 bilhões de litros. “Devemos garantir a execução da decisão de ampliar e atingir a mistura de 15% de biodiesel ao diesel fóssil (B15) o quanto antes”, defendeu.
Ao mesmo tempo, falou da necessidade de o país adotar um novo cronograma de aumentos da mistura com vistas ao B20. O presidente do Conselho de Administração da Oleoplan, Irineu Boff lembrou que, além de emitir 70% menos GEEs ao meio ambiente, o biodiesel é gerador de alimentação animal por meio do farelo de soja proveniente das indústrias. “Ao fazer um quilo de biodiesel estamos fazendo quatro quilos de farelo de soja, que alimenta suínos e aves”, afirmou.
A bioenergia gerada a partir das florestas plantadas pautou a participação do representante da Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), Júnior Haas. “Muitas vezes, as florestas não são lembradas quando se fala em energia renovável, mas sua participação está associada à energia térmica industrial, na produção de calor por carvão vegetal ou pallets”, detalha. Haas lamentou que o setor seja penalizado pela legislação ambiental atualmente vigente no Estado, o que limita sua expansão. E citou a falta de atratividade bancária para ofertar linhas de crédito para o setor devido ao grande prazo de carência que exige a atividade, cujo retorno financeiro começa em oito anos após o primeiro plantio.
O debate foi mediado por Luiz Leão, vice-presidente da Associação Gaúcha de Fomento às Pequenas Centrais Hidroelétricas (AGPCH), que citou o grande potencial gerador de energia da casca de arroz no Estado, que é responsável por quase a totalidade da safra brasileira do grão. “O produto tem baixa umidade e se utilizado para produção de energia limpa não vai para o meio ambiente, onde demora cinco anos para se decompor”, concluiu.
Educação e Mão de obra
Só a geração de energia eólica pode ser responsável por 105 mil empregos no Rio Grande do Sul até 2040, mas faltam profissionais especializados, segundo os debatedores do painel Capacitação para Transformação.
A capacitação vai muito além da formação de pessoal, segundo a engenheira civil e integrante do Sindienergia-RS, Daniela Cardeal, moderadora do diálogo. “Não estamos preparados, apesar do RS ser reconhecido pela qualidade de educação, mas precisamos deixar de ser exportadores de talentos e organizar como absorver nossos talentos”, declarou.
Na avaliação do coordenador do curso de Engenharia de Energias Renováveis da PUCRS, Odilon Francisco Pavón Duarte, há um desinteresse dos alunos pelas áreas das engenharias. “Sem essa mão de obra e infraestrutura, o pessoal que projeta, planeja e executa as obras, fica muito difícil de fazer a transição energética”, declarou.
Ele ressaltou a necessidade de limitar o aquecimento global a partir do uso de energias limpas. “Se nós continuarmos usando os recursos energéticos como nós utilizamos atualmente, as próximas gerações não terão muita chance. Então para limitar em 1,5ºC, eu tenho que reduzir 37 gigatoneladas de CO2”, disse. Uma das explicações para a falta de procura pelos cursos na área, é a redução do poder aquisitivo das famílias, que impactou todos os cursos universitários. Outro fator é a redução de financiamentos para a educação, na avaliação dele.
Conforme o chefe da divisão da Diretoria Técnica de Articulação e Relacionamento da Superintendência da Educação Profissional (Suepro), Vitor Powaczruk, se antes havia sobra de profissionais, agora as empresas disputam os que estão disponíveis no mercado. “Se a gente ficar esperando que os talentos brotem, não vamos chegar a lugar nenhum”, declarou. As competências necessárias para formar os trabalhadores dessa área não virão do sistema tradicional de educação, na opinião dele. “Precisamos ter no setor de energias renováveis um mapeamento das competências necessárias para que elas possam fazer parte do nosso leque de formação”, sugeriu.
O desafio para recrutar força de trabalho é um dos principais para a área. A professora do Programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica da Ufrgs, Adriane Petry informou que para cada 1MW de energia eólica onshore é possível gerar 11 empregos por 25 anos. Já o mesmo 1MW, mas offshore, pode criar 20 postos de trabalho. Ela explicou que o campo é muito diverso e cheio de novas oportunidades.
Um dos campos de atuação que tem crescido é o de geração em parques eólicos e solares em alto mar. Sobre isso, o gerente de Planejamento e Desenvolvimento da Portos RS, disse que está ocorrendo uma mudança de cultura e que os portos têm servido como base para esse tipo de indústria. “O porto é e será um grande laboratório. Já temos pesquisas e prototipagens em andamento”, afirmou.
Amazônia Azul
Subsecretário da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), que atua sob o comando da Marinha, o capitão de Mar e Guerra da Marinha do Brasil, Rodrigo Carvalho, expôs, no evento, o novo mapa político do Brasil. “Demos a autorização que faltava para que o verdadeiro Brasil passasse a figurar em um novo mapa. A partir de agora, a extensão do Brasil não contará apenas com área terrestre, mas englobará, oficialmente, a marítima, a Amazônia Azul”, revela.
O novo mapa resulta de um estudo iniciado há quatro anos com a Marinha, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Ministério da Educação (MEC) com objetivo de atualizar mapas e atlas com informações e medições que, a partir de agora, devem modificar a percepção de estudantes, profissionais, empresas e poderes públicos sobre o país.
“Acredito que todos tenham estudado o Brasil apenas com 8,5 milhões de Km2 de território terrestre. Porém, o verdadeiro Brasil tem mais 5,7 milhões de Km², totalizando 14,2 milhões de Km², área equivalente à do Continente Antártico. Conforme Rodrigo, na área que estava deixando de ser representada cabem, com folga, 34 países europeus. “O novo mapa político do Brasil, que passará a figurar oficialmente nos bancos escolares, mostrará que o Brasil não é só terra. E vamos, direta e indiretamente, nos apropriando do que é nosso”, comenta.
A inclusão da Amazônia Azul no mapa oficial brasileiro ultrapassa o ambiente escolar, tornando-se um grande passo na construção do Planejamento Espacial Marinho (PEM). Conforme o capitão, o compromisso voluntário foi assumido pelo Brasil durante a Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Oceanos, em 2017, e deve ser cumprido até 2030.
A terceira edição do Fórum de Energias Renováveis foi promovido pelo Correio do Povo e Sindienergia-RS e contou com o patrocínio da AEGEA, BRDE, Badesul, Senar-RS, Famurs e CIEE-RS.
Texto: Sindienergia-RS