Wind of Change reforça o potencial gaúcho para encabeçar projetos de energia renovável no Brasil
Missão dos Estados Unidos virá ao Rio Grande do Sul em setembro para avaliar oportunidades de negócios no setor de energia eólica e hidrogênio limpo.
A abertura do segundo dia do Wind of Change, evento que debate o mercado de hidrogênio verde (18 e 19 de abril), geração de energia eólicas onshore/nearshore/offshore, realizado em Porto Alegre, contou com a participação do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e da embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley.
A embaixadora anunciou que, em setembro, o Departamento de Comércio dos Estados Unidos trará uma delegação de negócios eólicos offshore dos Estados Unidos para o Rio Grande do Sul. “Eles estarão em busca de obter uma melhor compreensão do setor eólico offshore brasileiro e procurando oportunidades de negócios”, adiantou Elizabeth. A embaixadora também ressaltou o alinhamento da pauta do evento Wind of Change com uma das prioridades do governo de Joe Biden. “É ótimo estar em uma sala com tantas pessoas comprometidas com uma das principais prioridades do presidente Biden – a meta de manter o aquecimento global abaixo de 1,5 grau”, celebrou.
O governador Eduardo Leite abordou medidas realizadas pelo Estado para tornar-se um ambiente favorável aos investimentos, entre elas estudos para mapear o potencial energético, incluindo o Hidrogênio Verde, a ampliação de linhas de transmissão – que somam 3.200 km entre obras já concluídas e em andamento, possibilitando o escoamento da energia e a licença por adesão e compromisso, que agiliza os processos. Outro diferencial mercadológico do Estado é a proximidade com grandes centros de demanda, incluindo o Sudeste do Brasil. “Até pouco tempo, o Estado não tinha os estudos para identificar qual é e onde está esse potencial de geração de energia. Trabalhamos ao longo dos últimos anos no mapeamento e estamos fazendo o atlas energético do Rio Grande do Sul para que possamos oferecer aos investidores as informações necessárias, abreviando a etapa de estudos dos projetos”, explicou Leite. Sobre o hidrogênio verde, ele destaca que é um mercado incipiente no mundo e fica evidente a importância de posicionar o Estado dentro dessa agenda com grande relevância no mundo.
Já o presidente do Sindicato da Indústria de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (Sindinergia-RS), Guilherme Sari, ressaltou a importância de atrair indústrias de geração renovável para o Estado. “Precisamos trazer a indústria eólica para o Rio Grande do Sul. O onshore será um primeiro passo para isso, mas o objetivo é avançar também no nearshore, com condição específica do Rio Grande do Sul em lagoas”, destaca Sari. Ele relembra os 22 projetos de offshore no Estado em fase de licenciamento no Ibama e a capacidade de investimento de mais de R$ 800 bilhões, além da geração de milhares de empregos.
A primeira edição do Wind of Change – Encontro de investidores em Hidrogênio Verde e Eólicas Offshore/Nearshore, ocorreu nesta terça (18) e quarta-feira (19), no Hotel Laghetto Moinhos, em Porto Alegre. A iniciativa é do Sindienergia-RS, em parceria com a empresa de eventos em energias renováveis e meio ambiente Viex.
Texto: Sindienergia-RS